Dias atrás, mais precisamente antes de ontem, resolvemos levar minha pequena Nicole ao seu pediatra, pois apresentava um quadro febril. Como já disse em algumas postagens anteriores, esse pediatra (Dr. Maurílio), é de extrema confiança, adorável e caro, mas como já fazia algum tempo que não a levávamos nele, resolvemos ir.
Chegando lá, como de costume, o pediatra a observou, fez comentários sobre seu estado e partiu para o exame físico. A Nicole, esperneou, gritou, chutou, socou, até onde pode, e segundo o Dr, Maurílio, isso é normal na fase em que ela se encontra (1 ano e 8 meses).
Então sentamos para uma conversa, ele disse que ela provavelmente está com um estado gripal, a garganta está um pouco avermelhada, mas que depois do terceiro dia (o mais crítico, segundo ele), as coisa iriam melhorando; MAS a maior importância estava em seu peso corporal.
Dizemos que o peso e altura são uma espécie de “ Cartão de Visita ” da pessoa. Informa sobre o sócio cultural, auto imagem e auto estima, emocional e biológico, bem como reflete o estado de saúde do indivíduo. Prova disso é que quando um bebê nasce, a primeira coisa que a mãe quer saber é o seu peso, por isso pediatras e profissionais da saúde usam gráficos.
Segundo o gráfico de evolução em meninas de 0 a 5 anos de idade, referência do NCHS, a estatura atual da Nicole está em 93 cm, normal para meninas de 2 anos e 8 meses, melhor explicando, a pequena Nicole está grandona, com altura de um bebê de 2 anos e 8 meses, isso provavelmente por conta da hereditariedade trazida pelo pai.
O preocupante foi seu peso, pois ela está com 17 Kg, peso para crianças de 4 anos, e segundo o Dr. Maurílio minha filha está OBESA!! como assim doutor? ela é grande e forte!! porquê??
Por um momento parei o tempo, me dei conta que aquelas guloseimas que minha filha tanto gostava, e aprendera o nome rapidinho (pito = pirulito, chiquéti =bala, ate =chocolate...) lhe prejudicava tanto, e que lá estava uma pessoa diferente de outras, que não a elogiava dizendo: que fofinha, que coxas!! e sim dizia: o que aconteceu para sua filha engordar tanto?? Que vergonha senti naquela hora! que vontade de jogar a culpa no marido ou em outra pessoa! que vontade de omitir minha grande culpa!!! que sensação horrível! logo eu que tento ser a super mãe! eu que estudei por cinco anos a promoção de saúde explícita!! que vergonha!!
Resolvi contar ao pediatra que nesse tempo de engorda, foi introduzido guloseimas, e que o tal suco de caixinha fazia parte da rotina diária de minha bebê, e que deixei as coisas acontecerem por relaxo total!! ( desculpa filha!!)
Conversei muito com o pediatra, ele me acalmou dizendo que a culpa não é só minha, e sim da família toda. Resolvemos que a Nicole não terá que emagrecer, pois é apenas um bebê, e isso é completamente inviável, e sim que ela terá que manter esse peso por muito tempo, mais ou menos por 1 ano.
Resolvi com o marido que em nossa casa não compraremos mais nenhuma guloseima, refrigerante (esse a Nicole não toma, mas a mãe e o irmão sim), tirarei uns 50 % do sal da comida, frituras, e suco só natural e misturado com água. Aumentarei as atividades físicas da Nicole, fazendo pequenas caminhadas diárias, jogando bola, correndo...
Agora é ver se esse tratamento familiar terá resultado, pois quero ver meus filhos saudáveis e ativos pelo resto de suas vidas!!
